24 dezembro, 2006

FELIZ NATAL!!!


"O verbo se fez carne e habitou entre nós". (Jo 1,14). O Mistério do Verbo encarnado nos é revelado quando temos a coragem de contemplar com a ajuda de Maria e José, Pedro e João a vida do homem-Deus na pequenina cidade de Nazaré e nas suas muitas outras ações, milagres e discursos. De fato, Deus Verbo se fez carne e habitou no nosso meio. O Todo poderoso, que criou tudo do nada, veio entre nós fraco e desvalido. Nasceu numa manjedoura e somente quem o reconheceu foram um boi e um jumento. Os seus concidadãos não o reconheceram. Para os seus parentes era um louco. Nasceu pobre, viveu pobre e morreu pobre. Escolheu para si a vida simples e humilde. Morreu como um malfeitor.
Porque teria acontecido com ele tudo isso? Porque morrer aquele que era a vida? Porque experimentar a dor aquele que a todos curava? Porque? Não nos resta senão uma resposta: Ele era o Amor, e por Amor, no amor e com Amor, não podendo negar-se a si mesmo desceu, viveu entre nós e deixou-se crucificar.
Mas porque tanto amor? Para quem tanto amor? Porque ele era o amor feito carne para dar a vida pelos seus amigos. E ele mesmo nos disse: 'Não há maior prova de amor que dar a vida por seus amigos'. E disse também: 'Vós sois meus amigos'. 'Amai-vos uns aos outros como eu vos amei'.
Seremos capazes de amor na mesma medida do seu amor? Seremos capazes de dar a vida uns pelos outros?
Quando penso e faço memória de tudo o que passaste, do teu abaixamento total, chego à certeza de que nenhum sacrifício é grande demais quando se trata de manter a comunhão com Deus. Nem as dificuldades da vida comunitária, nem as dificuldades da missão, nem a humilhação, nem a desvalorização, nem a angústia, nem o pecado, nada, nada. Porque nenhum sacrifício poderá aproximar-se do sacrifício do Filho de Deus.
Ele que era a vida, provou a morte;
Ele que era o caminho, teve que deixar-se conduzir por Maria e José e depois conduzir-se no caminho do calvário, à cruz;
Ele que era a Verdade, teve que experimentar a negação de si mesmo, de seus atributos divinos para um único fim: conduzir todos os homens à amizade e à comunhão com Deus.
Fazei-nos, Senhor, dizer 'SIM' à vossa santa vontade. Dai-nos a graça de responder como Jesus: 'Pai, eis o teu servo, filho da tua serva'.
Sagrada Família de Nazaré e Bem-Aventurado Padre João Piamarta - rogai por nós.

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A Delegação para a América Latina deseja a todos os co-irmãos um Feliz e Santo Natal.
Com o Verbo aprendamos nós que o abaixamento é necessário para subirmos a Deus.